Sabemos que estamos a envelhecer quando fazemos um seguro de saúde. Na verdade, não é que o seguro de saúde não seja preciso antes, mas a consciencia de que ele é necessário só vem com uma série de condições. A primeira e óbvia, a consciencia de que não somos imortais e invulneráveis, claro. A segunda, ter alguma fonte de rendimento. A terceira, ser um dos cada vez mais infelizes que não são abrangidos por sub-sistema de saúde nenhum, ou daqueles que até têm um plano, mas reparam que ele cobre cada vez menos. Nós, bolseiros, somos uns abandonados pela sociedade. Não pagamos impostos, mas também não descontamos para a reforma, não temos direito a coisa nenhuma. Agora há um seguro social voluntário, que não cobre desemprego nem nada de especial, mas dá para umas baixas por doença, se for caso disso. Perante tal abandono e a consciencia de que, um dia destes, pode haver um azar, um acidente, alguma coisa mais grave que uma constipação ou um dente estragado… tomei a decisão de fazer um seguro de saúde jeitosinho, daqueles que incluem saúde dental (afinal, acho que gasto mais dinheiro no dentista do que em qualquer outro médico), internamento e ambulatorio. Já não fui para os que dão descontos nos medicamentos e afins, que são uma autentica renda de família. Ora quanto paga uma pessoa saudável de 26 anos por um seguro de saúde? Muito. Demasiado… Muito mais do que gasto anualmente em médicos. Mas sempre é melhor que precisar de uma operação e ter que pedir um empréstimo!
Perante tal decisão, outra veio por arrasto. Estava inscrita (outra vez) num ginásio há 44 dias. Tinha ido lá uma vez. Umazinha. E tinha pago duas mensalidades… Claro que o ginásio é uma boa coisa, mas quando não é usado, não faz bem a ninguém… A mensalidade sempre cobre parte do seguro de saúde, que como sedentária que sou (e passo a ser mais assumidamente) certamente vai ser muito utilizado daqui a uns anitos.
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